Prepotência

  Antes de começar o relato, um fato: a gente só reconhece nos outros o que existe em nós mesmos.
  Plavra: prepotente: adj. Muito poderoso ou influente. Opressor, despótico.
  Pode parecer familiar pensarmos que a prepotência relaciona-se com o poder.  Quando as pessoas conseguem atingir os seus objetivos tendem a perder sua humildade. Tenho visto gente muito boa, muito interessante seguir por essa via.
  Sei que vivemos em uma sociedade capitalista que estimula a competitividade entre os seres, porém existe algo mais que nos impulsiona a querer ser melhor que o outro. Tudo depende do indivíduo, e o desejo de se superar acaba esbarrando no outro. E é aí que muita gente vem e passa por cima para atingir sua meta custe o que custar. Mas custa caro se sobrepor, é uma longa estrada para se destacar. E muita gente esquece que a vida dá muitas voltas, que o mundo gira e que sempre precisamos uns dos outros.
  A humildade é uma virtude cada vez mais rara nos dias de hoje, e como uma pedra ou metal, quando difícil de serem encontrados na natureza, torna-se cada vez mais preciosa. Muitas vezes criamos suposições,  sobre o que a outra pessoa enxerga quando nos vê, o que sente quando conquistamos algo, o que deseja ao aproximar-se. Tendemos a pensar pelo pior lado. Aprendemos a não esperar o melhor do outro e nos surpreendermos. Mas é tudo uma questão cultural, uma questão social, uma mídia que nos impõe padrões de beleza, atitudes, gostos e opiniões. Somos como uma massa e a tv, o rádio, o reflexo do outro é o nosso molde.
  Apesar de tudo, de todas as contradições e paradoxos que vivemos, há um meio de salvação: o refletir, o senso crítico, aquele precioso momento no qual a gente para para pensar, respira e analisa o que estamos pondo em prática. Será mesmo que não é para qualquer um tal reconhecimento? E é necessário expor essa ideia esnobe?
  Penso que todos temos esse nosso lado de se vangloriar, de querermos nos sentir especiais. E o que é que tem extrapolando tanto para que se tome uma atitude como a que eu assisti? Em qual ponto se passa do limite sem perceber e consegue um ser humano se julgar superior á qualquer outra criatura ou semelhante? Esse é o meu mundo, na minha sociedade.