Sabe aqueles dias em que você acorda com um susto? Como se na verdade estivesse despertado para um pesadelo, não de um deles? Sabe quando você tenta se concentrar mas não consegue porque sua cabeça fica a mil? Já aconteceu de você não se sentir realmente em um lugar? Como que se mesmo que seu corpo estivesse lá você verdadeiramente não estivesse.
Eu ouço essas palavras repetitivas e não as absorvo mais. Meus pensamentos negam-se a permanecerem no presente. Você quer se controlar, mas nem ao menos o seu corpo permite um disfarce. O coração bate descompassado, as olheiras saltam e os sorrisos se escondem, nada parece se encaixar.
Uma decisão implica consequências. Como arriscar algo tão arriscado? Como resistir para não sofrer? É difícil dizer que não existe nada. Então o que existe? Tudo. Existe carinho, existe admiração, existe interesse e acima de tudo existe o medo. Não o medo do incomum, mas o medo de se apaixonar por alguém, e pior, se apaixonar por alguém que explicitamente ama outra pessoa.
O que fazer? Esperar, observar, estar presente, ter paciência. Amizade. É o que poderá esperar da minha capacidade hoje. Dessa vez eu não vou fazer nada errado, não vou cometer os mesmos erros de antes.